quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Por Dentro da Orquestra Part.06

Família das Madeiras

As madeiras dão "cor" ao som da orquestra.

A flauta,apesar de ser feita de metal,faz parte da família.

Sua variação,o flautim (ou Piccolo) apresenta o som mais agudo entre todos os instrumentos da orquestra.

Fazem parte dessa Família:

  • Clarinete

  • Requinta

  • Clarone

  • Flauta

  • Picollo

  • Cornê Inglês

  • Oboé

  • Fagote

  • Contrafagote

Por Dentro da Orquestra Part.05

Família dos Metais

Eles são os responsáveis pela avalanche sonora da orquestra,conferindo a dramaticidade e a grandiosidade que a obra pede.

A trompa e o trompete imprimem agilidade sonora,enquanto o trombone e a tuba soam de maneira majestosa.

Fazem parte dessa Família:

  • Trombone

  • Trompete

  • Trompa

  • Tuba


Por Dentro da Orquestra Part.04

Família das Percussões

Além do ritmo,os intrumentos de percussão pontuam e destacam trechos da peça em excecução,além de fazer a orquestra vibrar.

Apesar de soar diferente dos outros instrumentos da família,o Piano é considerado percussivo porque seu som nasce das batidas dos martelos nas cordas.

Fazem parte dessa Família:

  • Caixa Clara

  • Tímpano

  • Pratos

  • Carrilhão

  • Xilofone

  • Glockenspiel

  • Piano

Por Dentro da Orquestra Part.03

Família das Cordas

É o principal grupo de instrumentos de uma orquestra.O violino,graças à sua versatilidade e alcance,é a principal voz da família.

Divide-se em duas seções:Primeiros e Segundos Violinos.

O Spalla,o primeiro violino,comanda o conjunto depois do maestro.

Fazem parte dessa Família:

  • Violino

  • Viola

  • Violoncelo

  • Contrabaixo

  • Harpa

Por Dentro da Orquestra Part.02

Dividida em Naipes

A orquestra Sinfônica atual segue a formação estabelecida no final do século 18.Dependendo da peça a ser executada,pode ter mais de 100 instrumentistas.É dividida em quatro Famílias (Naipes) de intrumentos:

  • Cordas

  • Madeiras

  • Metais

  • Percussões

Por Dentro da Orquestra Part.01

Orkhestra Grega

Na Grécia Antiga ,a Orkhestra era o espaço entre a cena e os espectadores onde o Khoros (coro) cantava e dançava.Ao longo dos séculos,o termo orquestra passou a significar um conjunto de vários instrumentistas reunidos para tocar uma peça.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Curiosidade !!!

Choro ou Chorinho?

O nome do gênero é Choro, mas popularmente é chamado de Chorinho. Muitos
chorões, ou mesmo apreciadores do gênero, não gostam desta última denominação,
alegando que não se chama samba de “sambinha” ou jazz de “jazzinho”. Outros
consideram o chorinho como um aspecto do choro ou o ambiente proporcionado pelo
gênero.

Pensamentos da Música #006

· “O objetivo de toda boa Música é tocar a Alma.”

Claudio Monteverdi.

Pensamentos da Música #005

· “A Música expressa o que não pode ser dito em palavras e não pode ficar em silêncio.”

Victor Hugo.

Louis Armstrong

Louis Daniel Armstrong (Nova Orleans, 4 de agosto de 1901Nova Iorque, 6 de julho de1971), é considerado "a personificação do jazz". Louis Armstrong é famoso tanto como cantor quanto como solista, com seu trompete.

Infância

Armstrong nasceu numa família muito pobre. Passou a sua juventude na pobreza num bairro de Nova Orleans, conhecido como "as costas da cidade". O seu pai, William Armstrong, abandonou a família quando Louis ainda era criança e casou-se com outra mulher. A sua mãe, Mary Albert Armstrong, deixou Louis com a sua tia, o seu tio e a sua avó. Aos cinco anos ele voltou a viver com a sua mãe e via o pai muito raramente. Ele esteve na Fisk School for Boys onde pela primeira vez entrou em contacto com a música. Levou algum dinheiro para casa como entrega-jornais e sapateiro ambulante. Contudo, isso não era suficiente para manter a sua mãe longe da prostituição. Passou a entrar à socapa em bares de música perto de sua casa para ouvir e ver os cantores.

Conheceu dias muito difíceis, e olhava para a sua juventude como o pior momento da sua vida e, por vezes, até retirava inspiração dela: "Every time I close my eyes blowing that trumpet of mine, I look right in the heart of good old New Orleans...It has given me something to live for." ("Todas as vezes que eu fecho os meus olhos tocando aquele meu trompete, eu olho logo no coração da boa velha Nova Orleans... dá me algo para eu viver.")

Conseguiu comprar uma trompeta, com dinheiro emprestado de uma família imigrante russo-judia, os Karnofskys que, até ao final da sua vida, considerou como membros da família visto que cuidaram dele vários dias e noites, enquanto a sua mãe trabalhava. Por essa razão, Louis usou uma Estrela de David pelo o resto de sua vida.

Após sair da Fisk School aos 11 anos, Armstrong formou um quarteto que tocava na rua para ganhar algum dinheiro e também por esta altura ele começou a meter-se em sarilhos.

O tocador de corneta Bunk Johnson ensinou-o a tocar de ouvido no Dago Tony's Tonk em Nova Orleães, apesar de Louis ter dado crédito a um músico, de seu nome, Oliver, nos anos seguintes. Armstrong desenvolveu fortemente a sua maneira de tocar trompeta na banda de New Orleans Home for Colored Waifs, onde ele fora várias vezes enviado por delinquência juvenil (mais notavelmente por disparar a arma do seu padrasto para o ar numa celebração de Véspera de Ano Novo, assim confirmam os registos policiais). O professor Peter Davis instalou disciplina e providenciou educação musical ao rapaz. Eventualmente, Davis fez Armstrong o líder da banda.

A Home tocou por toda Nova Orleães e o rapaz de 13 anos passou a tomar atenção ao modo como tocava trompeta, começando uma nova carreira musical. Aos 14 anos ele saiu da Home e viveu com o seu pai e nova madrasta e depois com a sua mãe e as ruas. Armstrong ganhou o seu primeiro emprego nocturno no Henry Ponce's, onde Black Benny se tornou o seu protector e tutor. Queimava carvão na fábrica de dia e tocava trompete à noite.

Ele tocou frequentemente nas Brass Band Parades e ouviu os músicos mais velhos sempre que podia, aprendendo com Bunk Johnson, Buddy Petit, Kid Ori e, acima de tudo, com Joe "King" Oliver, que actuou como mentor e figura paternal para o jovem músico. Mais tarde, ele tocou nos riverboats de Nova Orleães, trabalhando com Fate Marable subindo e descendo o Mississipi. Ele descreveu o tempo passado com Marable como indo para a universidade, o que lhe proporcionou uma experiência única.

Características da sua música

Nos seus primeiros anos, Armstrong foi mais conhecido por tocar corneta e trompete. Também nos seus primeiros anos, a melhor e mais conhecida música foi os Hot Five e Hot Seven. Ainda hoje ele é conhecido por isso.

Resta dizer que Armstrong foi fortemente influenciado por Martin Luther King no tipo de músicas que ele tocava e nas letras, que eram algumas vezes acerca do racismo e da necessidade, da altura, de acabar com este.

Carreira

Em 19 Março de 1918, Satchmo (a alcunha de Armstrong) desposou Daisy Parker de Gretna, Louisiana. Eles adotaram uma criança de 3 anos, Clarence Armstrong, cuja mãe, a prima de Louis, Flora, morrera no parto (problematica mental). Clarence Armstrong foi doente mental (resultado de uma pancada em tenra idade) e Louis passaria o resto da sua vida a tomar conta dele. Louis divorciou-se de Daisy e pouco depois, esta faleceu.

Durante as suas experiências de "Riverboat", a música de Armstrong começou a amadurecer. Aos vinte anos, já conseguia ler partituras e começou a tocar grandes e prolongados solos de trompeta, sendo um dos primeiros Jazzmen a fazê-lo e introduzindo a sua personalidade e estilo nos seus solo turns. Ele acabara de aprender como criar um som único, e começara a cantar nas suas performances. Em 1922, Armstrong foi para Chicago, por convite de Joe "King" Oliver, para se juntar à sua "Creole Jazz Band" onde ganhava o suficiente sem ter de actuar nos velhos clubes nocturnos. Chicago, a cidade do vento, estava povoada de muitos negros, que após trabalharem nas fábricas, tinham algum dinheiro para gastar numa ida ao bar.

Armstrong viveu em Chicago no seu próprio apartamento, com a sua própria casa de banho privada (a sua primeira). Entusiasmado de se encontrar nesta cidade, começou a escrever cartas nostálgicas aos seus amigos em Nova Orleães. À medida que a carreira de Armstrong crescia, ele era desafiado a "cutting contests" (competições nas quais um músico tenta roubar o emprego do outro tocando melhor do que ele) por hornmen tentando acabar com o novo fenómeno. No entanto, falharam. Armstrong fez as suas primeiras gravações nas Gennett e Okeh labels (os recordes de jazz estavam a começar a rebentar por todo o país), incluindo alguns solos e breaks, enquanto segundo trompete na banda de Oliver em 1923. Por esta altura, ele conheceu Hoagy Carmichael (com quem ele colaboraria depois) que foi introduzida por Bix Beiderbecke, seu amigo, que agora possuía a sua "Chicago band".

A sua segunda mulher, a pianista Lil Hardin Armstrong, fez com que Armstrong desenvolvesse o seu novo estilo afastado de Oliver. Ela convenceu o seu marido a tocar música clássica nas igrejas, para aperfeiçoar o seu estilo e a experimentar a tocar sem banda, além dos solos, e com coral religioso. A influência de Lil determinou eventualmente a relação entre Armstrong e o seu mentor, especialmente as questões do salário e dos dinheiros adicionais que Oliver afastava dele e dos outros membros da banda. A banda desfez-se em 1924 e Armstrong foi convidado a ir à cidade de Nova Iorque para tocar com a Fletcher Henderson Orchestra, a banda Américo-Africana de mais sucesso naquele período. Louis aprendeu como tocar em orquestra pela primeira vez.

Armstrong rapidamente adaptou-se ao mais controlado estilo de Henderson e os outros músicos rapidamente tomaram Armstrong como um músico emocional e natural.

Durante esta altura, Armstrong efectuou várias gravações, arranjadas por um seu velho amigo de Nova Orleães, o pianista Clarence Williams, estas incluíam concertos de banda Williams Blue Five (na qual Armstrong entrava), alguns solos de jazz e uma série de acompanhamentos com tocadores de Blues, incluindo Bessie Smith, Ma Rainey e Alberta Hunter.

Armstrong regressou a Chicago em 1925 devido à sua mulher, que queria incentivá-lo a prosseguir com a sua carreira. Ele gostou muito de Nova Iorque e admitiu que a Henderson Orchestra era bastante limitada. Ele começou a fazer gravações com o seu próprio nome com os famosos Hot Five e Hot Seven, produzindo grandes êxitos como Potato Head Blues, Muggles (uma referência à marijuana) e West End Blues.

O grupo incluia Kid Ory (trombone), Johnny Dodds (clarinete), Johnny St. Cyr (banjo), a mulher de Armstrong e, normalmente, nenhum tamborista. Sobre Armstrong, St. Cry disse: "One felt so relaxed working with him...he always did his best to feature each indidual" ("Todos relaxavam ao trabalhar com ele...ele fazia sempre o seu melhor para realçar cada um dos membros da banda.") As suas gravações com o pianista Earl "Fatha" Hines e a introdução de Armstrong em West End Blues permanecem as mais famosas influências na história do Jazz. Armstrong era agora livre para desenvolver o seu estilo pessoal como ele quisesse.

Armstrong também tocou com "Erskine Tate's Little Symphony", no teatro de Vendome. Eles forneceram música para filmes mudos e shows ao vivo, incluido versões de música clássica "jazzeadas" entre as quais Madame Butterfly, o que proporcionou a Armstrong experiência com novos tipos de música e actuações perante uma grande audiência. Tornaram-se a banda de Jazz mais famosa na América.

Após separar-se de Lil, Armstrong começou a tocar no café Sunset para Joe Glaser, um associado de Al Capone. Na Carrol Dickerson Orchestra, com Earl Hines no piano, que rapidamente foi transformada na Louis Armstrong's Stompers, Armstong fez amizade vitalícia com Hines e dirigiu, pela primeira vez, um grupo musical.

Armstrong regressou a Nova Iorque em 1929, onde ele tocou na orquestra do musical Hot Chocolate e fez uma partipação especial na banda de Charles John Degoniah. Ele começou a trabalhar no Connie's Inn em Harlem, o segundo clube nocturno mais famoso da Grande Maçã. Armstrong teve também um sucesso considerável com as gravações vocais, incluindo versões das famosas músicas compostas pelo seu velho amigo Hoagy Carmichael. As suas gravações de 1930 ganharam vantagem total devido ao "ribbon microphone" (microfone de peito) sobre todas as outras gravações de bandas da época, com menos qualidade. A mais famosa foi: "Stardust", que até hoje permanece uma das gravações com mais lucro de Armstrong.

A Depressão dos anos 30 atacou de forma violenta o jazz. Bix Beiderbecke faleceu e a banda de Fletcher Henderson dispersou-se. Muitos músicos deixaram de tocar nos clubes nocturnos e alguns deixaram mesmo de ser músicos. King Oliver fez algumas gravações mas não tiveram êxito nenhum. Sidney Bechet tornou-se alfaiate e Kid Ory regressou a Nova Orleães para criar galinhas. Armstrong deslocou-se para Los Angeles em 1930 à procura de novas oportunidades. Ele tocou no New Cotton Club em L.A. com Lionel Hampton nos tambores. Em 1931 Armstrong apareceu no seu primeiro filme: Ex-Flame. Ele regressou a Chicago em Dezembro de 1931 e tocou nas bandas de Guy Lombardo e Raphael Minsby onde foi relembrado pelo público. Viajou por quase todos os estados e em Março de 1934 regressou a Nova Orleães, onde foi recebido como um herói. Ele patrocinou uma equipa de basquetbol local, "Armstrong's Secret Nine", e deram-lhe o seu nome a um tipo de cigarro. Mas pouco tempo depois, ele regressou à estrada e foi novamente esquecido, o que fez com que ele fugisse para a Europa.

Após regressar aos E.U.A., ele tomou várias longas e exaustivas digressões. O seu agente, Johnny Collins, fez com que Armstrong ficasse com pouco dinheiro. Ele despediu-o e contractou Joe Glaser, que resolveu as suas dividas e os seus processos.

Ele regressou ao cinema e participou num programa de radio, Rudy Valley's Show, em que ele entrevistou muitos músicos e tocou alguns solos. Divorciou-se de Lil em 1938 e casou com a sua nova namorada, Alpha.

Após muitos anos na estrada, ele fez residência em Queens, Nova Iorque, em 1943 com a sua quarta mulher, Lucille. Apesar de alguns ataques racistas (roubar o correio, atirar pedras à casa) integrou-se com os negros e alguns brancos do seu bairro.

Durante os trinta anos seguintes da sua vida, Armstrong tocou inúmeros solos e com inúmeras bandas, participou de filmes. Enfrentou algumas críticas por parte dos ativistas negros norte-americanos, pelo fato de não militar mais ativamente no movimento dos direitos civis. Porém é preciso lembrar que, naquela época, Louis já se aproximava dos 60 anos de idade, e pertencia a uma geração diferente daquela que estava assumindo a linha de frente dos protestos e da militância no final dos anos 50 e ao longo dos anos 60. Armstrong trabalhou até os seus últimos dias, e morreu dormindo em sua casa, em Nova Iorque, em 6 de julho de 1971.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Georges Alexandre César Léopold Bizet



Georges Alexandre César Léopold Bizet
(25 de outubro de 1838, Paris - 3 de junho de 1875, Bougival) foi um compositor francês da época do Romantismo.

Bizet nasceu numa família de músicos e era uma criança-prodígio. Foi admitido no Conservatório de Paris aos nove anos de idade, onde estudou com Zimmerman, Marmontel e Halévy. Em 1857, foi agraciado com um prêmio oferecido por Jacques Offenbach pela ópera Le Docteur Miracle, e obteve o Prémio de Roma, onde estudou durante três anos. Lá, Bizet desenvolveu obras como a Sinfonia em Dó Maior e a ópera Don Procopio.

Depois da sua estadia em Roma, Bizet voltou a Paris onde se dedicou totalmente à composição. Em 1863 escreveu a ópera Les pêcheurs de perles (Os Pescadores de Pérolas), sua primeira grande obra. Dessa época é também a ópera La Jolie Fille de Perth e sua famosa suíte L'Arlesienne, escrita como música incidental para uma peça teatral de Alphonse Daudet, e a peça para piano Jeux d'enfants (Juegos de niños). Também escreveu a ópera Djamileh.

Em 1875, Bizet escreve Carmen, sua última e mais famosa ópera, sendo até hoje uma das mais representadas em todo o mundo. Escrita com base na novela homônima de Prosper Mérimée, a composição de Carmen teve a influência de Giuseppe Verdi, usando uma mezzo-soprano como personagem principal, a cigana Carmen. Não teve êxito imediatamente, apesar do mérito reconhecido por compositores como Camille Saint-Saëns, Pyotr Ilyich Tchaikovsky e Claude Debussy.

Alguns poucos meses após a estréia de Carmen, Bizet entrou numa profunda crise de depressão e faleceu aos 36 anos de idade, na data do seu aniversário de casamento. A causa oficial foi uma parada cardíaca devido ao reumatismo articular agudo. Foi sepultado no cemitério Père Lachaise, de Paris.

Embora tenha sido mais famoso como compositor, Bizet foi também um grande pianista, elogiado inclusive por Franz Liszt, que o considerou um dos melhores exeecutantes de toda a Europa. Devido à sua obssessão pela perfeição nunca terminava a maior parte dos seus trabalhos. Cerca de quarenta óperas nunca passaram da fase de esboço.

Obra

  • Óperas:
    • Carmen
    • Les pêcheurs de perles
    • Le Docteur Miracle.
    • Don Procopio.
    • La Belle Fille de Perth
    • Djamileh
    • Ivan IV (inacabada)
  • Suítes:
    • L'Arlesienne, música incidental para a obra de Alphonse Daudet (1872).
    • Jeux d'Enfants (Jogos de Crianças), doze peças para dois pianos (1871), das quais cinco foram orquestradas.
    • Roma, (1866-1868).
    • Pequena suíte para orquestra (1871).
  • Outras obras:
    • Sinfonía em Dó Maior (1855).
    • Patria, abertura (1873).
    • Te Deum (1858).
    • 50 melodias (50).
    • Cinco cantatas

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pensamentos da Música #004

· Pois o som da Canção escapa a todo o espaço e a todo o Tempo, e um Coração amante alcança aquilo a que um coração amante se Consagra.”

L.Van.Beethoven.

História da Guitarra

A guitarra estabeleceu-se durante o século 20 como o mais popular instrumento do mundo. Por ser adaptável, portátil, atrativa e versátil, tem sido usada em um ilimitado número de estilos. É um dos mais práticos instrumentos de corda, para se tocar tanto solos quanto ritmo. O som da guitarra pode ser ouvido em todos os países de todos os continentes, com uma inigualável diversidade.

Depois de mais de 150 anos, ela mudou radicalmente. De um pequeno instrumento com um som delicado, baixo volume, é agora rico em timbres e dinâmica. Alguns desenhos de guitarra, tem se tornado verdadeiros ícones, e ela tornou-se hoje um elemento essencial para a música. Originada na família dos instrumentos de cordas antigos, as primeiras guitarras, apareceram na Itália e na Espanha durante a Renascença, e daí espalhou-se gradativamente pela Europa. A Espanha é o berço da guitarra clássica moderna, que emergiu durante o século 19. Neste período ocorreu também o desenvolvimento das cordas de aço, e o aparecimento de guitarras Flat-top e das Archtop na América do Norte. Os modelos elétricos foram lançados em 1930 como resultado de experimentos com a amplificação de instrumentos. Durante o século 20 ocorre a popularização da guitarra em todo o mundo, e que coincide com o desenvolvimento das técnicas de gravação.

Hoje a guitarra é usada em uma grande variedade de formas e estilos de composição, aparecendo desde a música Barroca, passando pelo Jazz, Blues e até o Rock'n Roll. Certos gêneros musicais têm uma associação imediata com a guitarra, em particular o flamenco, o country, o blues, o pop e o rock. Nos últimos 70 anos, a guitarra tornou-se o mais popular instrumento para solos e acompanhamentos, tanto para artistas solos, ou para banda.

No início do século 16, apareceu em um livro uma descrição, que seria para um instrumento chamado Vihuela. Os compositores escreviam peças para serem executadas diante da Corte Real e dos membros da Aristocracia. Neste tempo, em muitos países da Europa, a guitarra era usada por músicos profissionais. Era também tocada como fundo para as apresentações teatrais.

Durante o século 18, o uso freqüente do piano e de outros instrumentos de teclas afetaram a popularidade da guitarra. Entretanto, com o desenvolvimento de técnicas, e o surgimento de uma nova geração de virtuosos, levaram ao ressurgimento da guitarra (fim do século 18 e início do 19). O uso de cordas únicas, ao invés de pares de cordas, facilitou a execução, e artistas como Dionísio Aguado, Mauro Giuliani e Fernando Sor produziram músicas repletas de virtuosismo.

Durante o século 19, a guitarra tornou-se mais popular, com vários métodos de execução, e com um grande repertório. Francisco Tarrega foi uma figura chave tanto como executor como professor. Neste tempo, novos instrumentos foram desenvolvidos por Antonio de Torres, que levaram a guitarra a um novo nível. Tarrega influenciou uma escola de artistas que fundaram a música clássica como conhecemos hoje. A música Flamenca da Espanha ganhou destaque durante este século. Na América a guitarra tinha um importante lugar tanto na tradição clássica quanto no folk. E na América do Norte, o blues, começou a desenvolver-se nos estados sulinos.


No século 20, Andres Segovia, Ramón Montoya e Robert Johnson foram quem ajudou a estabelecer a força do instrumento nos mais diversos estilos musicais. A guitarra também faz parte da música country, popular nos anos 30. Também começou a substituir o banjo no Jazz.

A guitarra foi um dos primeiros instrumentos a se adaptar com sucesso a amplificação. A guitarra elétrica foi pioneira no jazz, pelas mãos de Charlie Christian nos anos 30. Depois da 2.ª guerra mundial, o interesse pela guitarra aumentou, e uma nova geração de virtuosos apareceu. Nos anos 50 e 60, a guitarra começou a tornar-se moda em todo o mundo, em vários campos da música.

A diversidade de estilos requer uma grande diversidade de técnicas de execução para a guitarra. As guitarras para música clássica e flamenca usam cordas de nylon e são tocadas com os dedos, enquanto que as guitarras que usam cordas de aço são normalmente tocadas com palhetas. Guitarras elétricas têm uma técnica muito extensa de mão direita e mão esquerda. Hoje estima-se que exista mais de 50 milhões de guitarristas no mundo. Devido ao grande número de possibilidades, e ao grande número de guitarristas, as técnicas de guitarra são muito pessoais, e são diversos os artistas que lançam seus métodos.

Vale lembrar que a história da guitarra se confunde com a própria história do Rock N' Roll, porque no mesmo tempo em que inventaram a distorção (efeito de pedal composto por um gerador que transforma o sinal emitido pelo instrumento, saturando-o antes que seja amplificado) o rock foi criado e a guitarra se tornou popular porque foi o instrumento que melhor se encaixava nas amplificações.

Quem nunca dedilhou uma guitarra imaginária? Foi este fascínio que gerou tantos admiradores e estrelas da guitarra como Jimi Hendrix o maior de todos.

A guitarra é relativamente o instrumento mais recente que existe no Planeta Terra e sua história ainda está sendo construída.

Charlie Christian jamais teria acreditado se alguém lhe falasse em 1939 que meio século depois já teríamos á disposição guitarras sintetizadas a sistemas MIDI, que transmitem o sinal do instrumento através de um raio de luz infra vermelha ou até que haveria vários efeitos para a guitarra feito apenas por um pedal que possui centenas desses efeitos.

Ao longo de sua evolução, durante mais de meio século de existência, a guitarra elétrica assumiu significados tão diversos quanto ás possibilidades musicais abertas por esse único instrumento que pode valer por vários outros.

A guitarra no começo foi apenas um instrumento acompanhante como qualquer outro, mas já no começo se tornou o instrumento principal no Jazz e no Blues e, além disso, se tornou o estandarte maior do Rock N' Roll.

A origem da guitarra vem de por volta de 1920, o violão já era extremamente popular nos Estados Unidos, principalmente em músicos negros e bandas de Jazz, onde apresentava apenas o ritmo das músicas que nem dava muita diferença na música, pois a amplificação da época era tão ruim que ficava atrás das barulhentas turbas. Foi assim que surgiram novas idéias para a amplificação de guitarras. Assim surgiu a descoberta do captador magnético feito por Beauchamp que foi um sucesso, pois ele foi o primeiro a pensar em amplificar a partir da freqüência das vibrações das cordas. Essa invenção foi um sucesso e mostrando o poder de amplificação que se podia ter da guitarra.

Logo após que a Spanish foi lançada no mercado outra empresa - a Rowe-De Armond Company - começou a produção de guitarras com captadores em escala industrial. Essa guitarra foi a Gibson ES-150 que foi a primeira guitarra colocada a disposição de qualquer pessoa. Ela tinha um formato muito inovador para época e ainda possuía um potente captador acoplado ao tampo por intermédio de parafusos e molas, que permitia regular a sua distância em relação ás cordas.

A guitarra teve algumas outras evoluções depois com a invenção da Gibson Les Paul que é a melhor guitarra que existe até hoje, a alavanca que faz conseguir vários outros sons da guitarra e a Fender Stratocaster feita por Leo Fender que a guitarra preferida por vários guitarristas de hoje, pois ela é o modelo mais leve e simples que existe até hoje.

Robert Johnson


Robert Leroy Johnson (8 de Maio, 191116 de Agosto, 1938) foi um cantor, guitarrista Norte-americano de Blues. Johnson é um dos músicos mais influentes do Mississippi Delta Blues e é uma importante referência para a padronização do consagrado formato de 12 compassos para o Blues. Influenciou grandes artistas durante anos como Muddy Waters, Led Zeppelin, Bob Dylan, The Rolling Stones, Johnny Winter, Jeff Beck, e Eric Clapton, que considerava Johnson "o mais importante cantor de blues que já viveu". Por suas inovações, músicas e habilidade com a guitarra ficou em quinto lugar no ranking dos 100 melhores guitarristas de todos os tempos da revista Rolling Stone.

Vida

Johnson nasceu em Hazlehurst, Mississippi. Sua data de nascimento oficialmente aceita (1911) provavelmente está errada. Registros existentes (documentos escolares, certidões de casamento e certidão de óbito) sugerem diferentes datas entre 1909 e 1912, embora nenhum contenha a data de 1911.

Robert Johnson gravou apenas 29 músicas em um total de 41 faixas, em duas sessões de gravação em San Antonio, Texas, em Novembro de 1936 e em Dallas, Texas, em Junho de 1937. Treze músicas foram gravadas duas vezes. Suas músicas continuam sendo interpretadas e adaptadas por diversos artistas, como Eric Clapton, The Rolling Stones, The Blues Brothers, Red Hot Chili Peppers e The White Stripes.

Em 1938 durante uma apresentação no bar "Tree Forks" Johnson bebeu whisky envenenado com estricnina, supostamente preparado pelo dono do bar, o qual estava enciumado por Jonhson ter flertado com sua mulher, Sonny Boy Williamson que estava tocando junto com Jonhson, havia alertado-o sobre o whisky, porém este não lhe deu atenção. Johnson se recuperou do envenenamento, mas contraiu pneumonia e morreu 3 dias depois, em 16 de Agosto de 1938, em Greenwood, Mississippi. Há várias versões populares para sua morte: que haveria morrido envenenado pelo whisky, que haveria morrido de sífilis e que havia sido assassinado com arma de fogo. Seu certificado de óbito cita apenas "No Doctor" (Sem Médico) como causa da morte.

Outro mito popular recorrente sugere que Johnson vendeu sua alma ao diabo na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em Clarksdale, Mississippi em troca da proeza para tocar guitarra. Este mito foi difundido principalmente por Son House, e ganhou força devido às letras de algumas de suas músicas, como "Crossroads Blues", "Me And The Devil Blues" e "Hellhound On My Trail". O mito também é descrito no filme de 1986 Crossroads e no episódio 8, da segunda temporada da série Supernatural.

Influência

Johnson é freqüentemente citado como "o maior cantor de blues de todos os tempos", ou mesmo como o mais importante músico do Século XX, mas muitos ouvintes se desapontam ao conhecer o seu trabalho, pois o estilo peculiar do Delta Blues e o padrão técnico das gravações de sua época estão muito distantes dos padrões estéticos e técnicos atuais.

Embora Johnson certamente não tenha inventado o blues, que já vinha sendo gravado 15 anos antes de suas gravações, seu trabalho modificou o estilo de execução, empregando mais técnica, riffs mais elaborados e maior ênfase no uso das cordas graves para criar um ritmo regular. Suas principais influências foram Son House, Leroy Carr, Kokomo Arnold e Peetie Wheatstraw. Johnson tocou com o jovem Howlin' Wolf e Sonny Boy Williamson (que afirma ter estado presente no dia do envenenamento de Johnson e ter alertado Johnson sobre a garrafa de whisky). Johnson influenciou Elmore James e Muddy Waters, e o blues elétrico de Chicago na década de 1950 foi criado em torno do estilo de Johnson. Há uma linha direta de influência entre a obra de Johnson e o Rock and roll que se tornaria popular no pós-guerra.

Anos após sua morte, o grupo de admiradores de Johnson cresceu e inclui astros do rock como Keith Richards e Eric Clapton.

Em 1999 os The White Stripes lançaram no seu álbum de estréia homônimo uma canção de Johnson; Stop Breaking Down.